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O que é a Hipertensão
Arterial?
Para definirmos o que é a hipertensão
arterial, primeiro é necessário saber o que é
a pressão arterial. A pressão arterial é
a força que o fluxo sangüíneo exerce nas
artérias. Através de sua medição,
dois valores são registrados: o maior, quando o
coração
se contrai bombeando o sangue (pressão sistólica),
e o inferior, quando o coração relaxa entre duas
batidas cardíacas (pressão diastólica).
Hipertensão arterial ou pressão alta ocorre
quando a pressão sistólica em repouso é
superior a 140 mm Hg ou quando a pressão diastólica
em repouso é superior 90 mm Hg ou ambos.
Uma medida isolada com valores altos de pressão
arterial não significa que a pessoa tenha hipertensão
arterial.
Como se classifica a pressão arterial?
Nos adultos com idade superior a 18 anos, que não
estejam tomando medicamentos para controlar a pressão e
que não tenham doenças como diabetes mellitus, a
pressão arterial é classificada de acordo com o
níveis abaixo:
Pressão Sistólica (mm Hg) |
Pressão Diastólica (mm Hg) | |||
Inferior a 80 | Entre 80- 84 | Entre 85 - 89 | Acima de 90 | |
Inferior a 120 | Ideal | Normal | Normal Alta | Alta |
Entre 120 - 129 | Normal | Normal | Normal Alta | Alta |
Entre 130 - 139 | Normal Alta | Normal Alta | Normal Alta | Alta |
Acima de 140 | Alta | Alta | Alta | Alta |
- Hipertensão sistólica isolada ocorre quando a pressão sistólica é maior ou igual a 140 mm Hg mas a pressão diastólica é inferior a 90 mm Hg, ou seja, a pressão diastólica está dentro da faixa normal. É mais comum em idades avançadas.
- Hipertensão maligna é uma forma perigosa de alta pressão com evolução rápida, causando necrose de paredes das arteríolas no rim, retina etc. Se não for tratada, pode levar à morte em um período de 3 a 6 meses. Essa doença é bastante rara, ocorrendo em 1 a cada 200 pessoas que têm pressão alta. Ocorre com maior freqüência em negros, nos homens e em pessoas com menor poder aquisitivo.
A hipertensão arterial é classificada em
quatro estágios definidos na tabela abaixo.
Nível | Pressão Sistólica | Pressão diastólica |
Pressão arterial normal | Abaixo de 130 mmHg | Abaixo de 85 mmHg |
Pressão arterial normal alta | Entre 130 e 139 mmHg | Entre 85 e 89 mmHg |
Estágio 1 Hipertensão leve |
Entre 140 e 159 mmHg | Entre 90 e 99 mmHg |
Estágio 2 Hipertensão moderada |
Entre 160 e 179 mmHg | Entre 100 e 109 mmHg |
Estágio 3 Hipertensão alta |
Entre 180 e 209 mmHg | Acima de 110 e 119 mmHg |
Estágio 4 Hipertensão severa |
Maior ou igual a 210 mmHg | Maior ou igual a 120 mmHg |
Pelo menos 90% dos casos de hipertensão arterial
(denominadas idiopáticas, essenciais ou primárias)
são decorrentes de fatores não identificáveis
mesmo quando pesquisados de modo exaustivo, sendo
considerados
de múltiplas causas.
Quando a causa é identificável, a hipertensão
é denominada secundária. Nesse caso, algumas
situações são passíveis de cura
pela remoção do fator que a motivou. De 5 a 10%
das pessoas possuem pressão alta provocada por
problemas nos rins. Entre 1 a 2% das pessoas
apresentam pressão
alta devido a problemas hormonais ou ao uso de alguns
medicamentos como, por exemplo, pílulas
anti-concepcionais. Uma causa rara é a feocromocitoma,
um tumor na glândula supra-renal que produz os
hormônios
adrenalina e noradrenalina.
Obesidade, vida sedentária, estresse e ingestão
excessiva de álcool ou sal na alimentação
podem ter um papel importante em pessoas predispostas a
ter
hipertensão arterial. O estresse tende a fazer com que
a pressão aumente temporariamente mas ela costuma
retornar ao valor normal assim que cessam os fatores
de tensão.
Isso explica a hipertensão do avental branco: a tensão
emocional da consulta médica faz a pressão do
paciente aumentar suficientemente para ser
diagnosticado como
hipertensão.
Grande parte das pessoas com pressão alta não
apresenta sintomas. Pode ocorrer, por coincidência,
manifestações que são erroneamente atribuídas
à pressão alta: dor de cabeça,
sangramento do nariz, tontura, rosto avermelhado e
cansaço.
Esses sintomas, entretanto, também aparecem
freqüentemente
em pessoas com pressão normal.
Se uma pessoa com hipertensão arterial severa ou
pressão alta passar um longo período sem
tratamento, sintomas como dor de cabeça, fadiga,
náusea,
vômito, falta de ar, visão borrada aparecem
provocados por danos no cérebro, olhos, coração
e rins. Ocasionalmente, pessoas com pressão muito alta
e em estágios avançados da hipertensão
arterial, elas podem ter tontura ou mesmo coma, ou
seja,
encefalopatia hipertensiva, e necessitam de tratamento
emergencial.
Como tratar a hipertensão
arterial primária?
A hipertensão arterial primária ou essencial não
tem cura mas pode ser tratada para prevenir
complicações.
Antes da prescrição de qualquer medicamento,
medidas alternativas são utilizadas:
- Pessoas acima do peso normal são aconselhadas a reduzir o peso. - Mudanças na dieta para aqueles com diabetes, obesidade ou nível alto de colesterol também são importantes para a saúde cardiovascular.
- Redução para menos de 2,3 gramas de sódio ou 6 gramas de cloreto de sódio ao dia (mantendo uma ingestão adequada de cálcio, magnésio e potássio).
- Redução da ingestão diária de cerveja para menos de 720 ml ou menos de 300 ml de vinho ou menos de 60 ml de bebidas destiladas.
- Exercícios aeróbicos moderados podem ajudar. Pessoas com hipertensão primária não precisam restringir as suas atividades à medida que sua pressão esteja controlada.
- Fumantes devem parar de fumar.
Via de regra a HA primária responde facilmente à
terapêutica anti-hipertensiva, e a perda do controle
da
pressão, também conduz à suspeita de
causa secundária.
As pessoas com hipertensão arterial alta (estágio
3) - pressão sistólica acima de 180 mm Hg e
diastólica acima de 110 mm Hg, precisam receber
tratamento medicamentoso imediato. Por outro lado,
deve-se
frisar que, o estágio 1 representado por números
menores, não deve ser considerado de importância
secundária, já que a maioria dos portadores de
HA apresentam níveis tensionais leves, e as
complicações
aí incidem com maior freqüência. Portadores
de diabetes mellito, mesmo quando a pressão arterial
encontra-se dentro dos valores normais (pressão
sistólica
entre 130 e 139 mm Hg), é necessário o
tratamento medicamentoso.
Qualquer pessoa com
hipertensão
arterial primária pode tê-la sob controle com uma
ampla variedade de medicamentos disponíveis, mas o
tratamento precisa ser adaptado a cada indivíduo. Para a
grande maioria dos portadores de hipertensão arterial
primária, o tratamento inicia com diuréticos ou
beta bloqueadores, em geral tiazínicos, em pequenas
doses.
Além disso, existem indicações
obrigatórias como nos casos de diabete mellito, onde os
inibidores da enzima conversora da angiotensina são
importantes na proteção renal ou nos portadores de
insuficiência cardíaca, onde está
universalmente aceita sua ação benéfica
diferenciada, tanto na melhora funcional, quanto nas
complicações
e sobrevida.
Os medicamentos utilizados são:
Os medicamentos utilizados são:
- Tiazida (diurético): ajuda os rins a eliminar o sal e água, diminuindo o volume de sangue dentro do organismo e consequentemente, reduzindo a pressão. Os diuréticos também fazem com que os vasos sangüíneos se dilatem. Provocam perda de potássio através da urina e algumas vezes pode ser necessário um suplemento de potássio ou um medicamento que retenha o potássio no organismo.
- Bloqueadores adrenérgicos: grupo de drogas que inclui os alfa-bloqueadores, os beta-bloqueadores e os alfa-beta-bloqueadores. Atuam bloqueando o sistema nervoso simpático, responsável pela rápido aumento de pressão em resposta ao estresse.
- Inibidores de enzimas conversoras de angiotensina e bloqueadores de angiotensina II: são antagonistas de cálcio e vasodilatadores. Reduzem a pressão dilatando as artérias.
- Antagonistas de cálcio e vasodilatadores diretos: reduzem a pressão dilatando os vasos sangüíneos.
A melhor maneira de prevenir é através de
"modificações
do estilo de vida". Embora eficaz, envolve maior
empenho
do paciente e a efetiva participação familiar,
no que diz respeito à dieta alimentar e estímulo
à adoção dessas medidas:
- A redução do peso é indicada em todas as condições em que a massa corpórea estiver em níveis superiores aos índices definidos pela equação: Peso (Kg) > 30 S (m2) (onde o peso é expresso em quilogramas, e a superfície corpóreas em metros quadrados). A redução da massa corpórea pode promover a diminuição da pressão arterial e diminuir o risco de diabetes mellito e de dislipidemia (alteração do nível de colesterol e triglicérides).
- O álcool pode causar aumento da resistência periférica das paredes arteriais e por isso elevar a pressão arterial e até torná-la refratária ao controle. Desta forma, a ingestão deve ser reduzida a no máximo 30 ml de etanol ao dia, o correspondente a 720 ml de cerveja, ou 300 ml de vinho, ou 60 ml de bebidas destiladas. Por diferenças de capacidade enzimática, as mulheres toleram menores quantidades de álcool, sendo recomendável não excederem a 15 ml de etanol ao dia.
- As atividades físicas aeróbicas contribuem de modo inegável à redução da mortalidade. A prática por 30 a 45 minutos diários ajuda a redução do peso corpóreo e o controle das dislipidemias. Sabe-se que os indivíduos sedentários têm probabilidades de apresentarem hipertensão arterial elevadas em 20 a 50%.
- Existe larga variação de resposta à ingestão de sódio, mas há inegável associação com os níveis de pressão arterial. Não resta dúvida na vantagem na moderação, incluindo melhora na resposta ao tratamento anti-hipertensivo.
Aumenta os riscos da pessoa desenvolver problemas no
coração,
tais como falência do coração ou ataque
cardíaco, problemas nos rins e derrame.
Pressão alta é o fator de risco mais
importante para o derrame. É também um dos três
fatores de risco para ataque do coração (enfarte
do miocárdio) - os outros dois são fumo e nível
alto de colesterol no sangue. Sem tratamento, menos do
que 5%
das pessoas com hipertensão maligna pode sobreviver
mais de um ano.
Fonte: emedix.uol.com.br
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muito bom...............claro,simples e objetivo. parabens!
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