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Doença pulmonar de origem ocupacional requer prevenção e informação ao trabalhador

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Existem relatos históricos que expõem, mesmo que de modo simples, a relação tra­balho versus saúde versus doença já na Antiguidade, em épocas egípcias e greco-romanas. Porém, havia um desinteresse con­siderável nesse trio, pois os maiores pre­judicados eram escravos de nações dominadas.

Apesar das evidências, somente em 1556 surgem estudos direcionados à saúde dos trabalhadores do extrativismo mineral. A silicose, por exemplo, é uma das principais patologias decorrentes da exposição ocupacional.

No mesmo ano, o médico alemão Georg Bauer, mais conhecido pelo seu nome latino Georgius Agrícola, abordou em seu li­vro De Re Metallica a alta mortalidade dos mineiros que trabalhavam em minas de ouro e de prata na região de Joachims­tahl, causada por uma doença pulmonar chamada pelos trabalhadores de "tísica dos mineiros". A "tísica dos mineiros" se tratava de casos de silicose.

Posteriormente aos primeiros relatos surgiram novos apontamentos sobre a as­sociação mineração versus saúde/doença do trabalhador, com descrição resumida em mais de 50 ocupações.

O progresso dos saberes sobre o impacto das condições e dos ambientes de trabalho na morbidade (relação entre o número de casos de enfermidade e o número de habitantes em dado lugar e momento) e mortalidade por agravos respiratórios, em trabalhadores da mineração, teve nas pesquisas de William Farr um dos mar­cos mais extraordinários. Farr era chefe do Departamento de Estatística do Ge­ne­ral Register Office da Inglaterra e investigou a mortalidade dos mineiros de diferentes regiões do seu país. Suas pesquisas sugerem que os mineiros morriam em maior número e mais precocemente em comparação aos trabalhadores de outras áreas e os efeitos mais graves de exposição eram os respiratórios.

Embora fossem conhecidos inúmeros agravantes à saúde respiratória dos trabalhadores mineiros, somente em 1867 foi estabelecida a nomenclatura pneumo­coniose. Tal terminologia foi instituída para caracterizar a penetração de poeiras patogênicas nas partes mais periféricas dos pulmões, especialmente nos alvéolos, induzindo reações teciduais crônicas.
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