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universo de 120 mil homens. Em Feira de Santana, uma lei determina: 10%
das vagas da construção civil são reservadas para elas.
ganhando cada vez mais destaque nos canteiros de obra.
Só na Bahia são 14 mil operárias, no universo de120 mil homens. Mas de cinco anos pra cá, elas ganharam espaço.
Tem preferência no mercado.
“Estamos mostrando que
as mulheres são capazes sim, tanto que nesta obra a maioria é
mulher”, argumenta uma operária.
Em Feira de Santana, segunda maior cidade do
estado, uma lei municipal determina: 10% das vagas da construção
civil são reservadas para mulheres.
“Para mim, foi uma oportunidade maravilhosa”, avisa uma operária.
“A mulher tem mais atenção, é mais cuidadosa. Então, nos
acabamentos e nos trabalhos mais refinados, a mulher realmente
está ganhando o seu espaço”, conclui o presidente do sindicato
da Construção Civil, Carlos Alberto Vieira Lima.
Elas lotam o canteiro de obras e os cursos profissionalizantes.
Já aprenderam que qualificação é pré-requisito para se manter no
concorrido mercado da construção civil.
“A gente procura se especializar e melhorar no decorrer do curso
e a cada dia que passa. Aí fica bem melhor”, afirma a operária
Regina Maria da Cruz.
Maria José sempre dependeu do marido. Alimentos, roupas para os
filhos, tudo era ele quem comprava. Cansada de viver pedindo
dinheiro, a dona de casa foi à luta. Fez um curso
profissionalizante, aprendeu os segredos da construção civil e
se tornou colega do próprio marido.
“Eu achava que não era serviço para mulher, mas agora tem muita
mulher na construção civil. Se ela encarou, ela se garante”, diz
o marido de Maria José, o pedreiro Gilberto dos Anjos.
“Não foi difícil convencer o marido porque ele não é tão durão.
Eu consegui meu curso e estou aqui, para o que der e vier”,
avisa Maria José.
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