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EPI é o que exige maior dedicação e empenho do profissional. Apesar do uso do EPI ser uma obrigação dos empregados e colaboradores conforme disposto nas Normas regulamentadoras NR 1 (Disposições Gerais) e NR 6 (Equipamento de Proteção Individual) e das campanhas realizadas em diversas Organizações para divulgação da importância do uso do EPI como a única forma para proporcionar a diminuição dos impactos e conseqüências de lesões corporais e doenças profissionais e do trabalho nas atividades que, condicionalmente, expõe os trabalhadores à inevitáveis riscos ocupacionais. Atualmente, os EPI’s ainda não são ideais no que tange à conformidade aos diversos biótipos.
Porém os fabricantes credenciados oferecem equipamentos que atendem as normas de ergonomia o que proporciona menor limitação dos movimentos e um maior conforto no uso do EPI, mesmo assim a sua utilização ainda é objeto da negligência de muitos trabalhadores. E levando em consideração que o uso de EPI tem sido utilizado em várias organizações como o primeiro recurso de segurança de trabalhadores em vez de ser o último e complementar a alternativas antes implantadas o trabalho do Técnico em Segurança do Trabalho fica seriamente comprometido, pois toda sua formação foi cumprida para que EPI’s fossem aplicados em última instância quando as medidas de engenharia e isolação se mostrem pouco eficientes ou não aplicáveis. Assim sofregamente, o controle e a fiscalização em relação ao uso do EPI é uma das atribuições mais difíceis para o Técnico em Segurança do Trabalho, haja vista que implica em conflitos cuja administração nem sempre está devidamente preparada para superar o desenvolvimento de ressentimentos que atrapalham, significativamente, o clima organizacional. Desta forma é comum dentre os profissionais de Segurança do Trabalho a pergunta:
Como fazer para conscientizar os trabalhadores sobre a imperiosa necessidade do uso do EPI?
Para abordar a questão, em primeiro lugar, temos que tratar do sentido da palavra prevenção. Conscientizar o seu emprego para a diminuição dos impactos e conseqüências de acidentes do trabalho. É preciso atentar à responsabilidade com a própria integridade que os trabalhadores condicionalmente expostos a situação de riscos de acidentes devem ter durante a realização das suas atividades laborais. Antes de tudo deve ser um hábito, um costume cujo acatamento não é resultado da imposição de normas formais, mas sim das exigências informais da convivência social. A conscientização das pessoas quanto à ação, atribuição e responsabilidades profissionais é conseqüência da qualidade das relações e contatos entre as pessoas no ambiente de trabalho, preponderantemente nas comunicações e informações difundidas onde o Técnico em Segurança do Trabalho deve explorar além dos requisitos de profissionais também os pessoais. Porque se queremos conscientizar à utilização do EPI e sobre os cuidados inerentes à prevenção de acidentes, temos que sublinhar as relações com todos os trabalhadores enfatizando aspectos comportamentais. Dando espaço para virtudes pessoais no eu profissional: reconstruindo modelos mentais de relações profissionais de um ser que efetivamente vive seu momento social dentro ou fora do seu ambiente laboral. Destacando os aspectos emocionais e de auto-estima, através da elaboração de comunicações e informações de modo contínuo, difundindo mensagens que associem o seu papel enquanto trabalhador com os papéis que desempenha na vida social tais como: pais, mães, filhos, maridos, esposas, namorados, namoradas, amigos, amigas, enfim... pessoas, que possuem relações afetivas para as quais os resultados da vida profissional e do trabalho são significativos e importamo-nos em apresentá-los. A simples utilização de técnicas de comunicação associativas dos bons hábitos e costumes pessoais com as posturas que se espera dos profissionais. E como imagens falam mais que palavras que tal a imagem de uma pessoa vitimada de um “arco voltaico” na entrada da sala de transformadores; e a foto de uma pessoa que perdeu os dedos dos pés por recusar-se a utilizar a bota com ponta metálica; ou de óbito por queda do funcionário que resolveu subir o andaime sem prender o cinto. Existem mesmo muitos exemplos gráficos a ser utilizados. E a comunicação escrita também pode ser mais bem trabalhada com colocações
“subliminares” que associem o bem estar pessoal-familiar aos bons resultados profissionais (aos sadiamente
curiosos pesquisar “Programação Neurolingüística”).
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