
Criada em 21 de março de 1932 com o nome de Carteira Profissional, a atual Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) tornou-se o documento mais valorizado pelos brasileiros, um emblema de cidadania e emprego cuja capa azul atravessou o século passado no coração e nos bolsos dos trabalhadores.
Para o professor do departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), Carlos Alberto Ramos, a CTPS representa a legalização do vinculo trabalhista estabelecido em Lei. “Você tem um Estado que regula as relações entre as pessoas e não poderia deixar de lado os trabalhadores. Além disso, ele garante direitos e, a longo prazo, a aposentadoria”, destaca.

O documento já passou por várias modificações. No início surgiu como Carteira Profissional, sucedendo a carteira de trabalhador agrícola, instituída por decretos assinados nos anos de 1904 a 1906. Já a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), que substituiu a carteira profissional, foi criada pelo decreto-lei n.º 926, de 10 de outubro de 1969.
Desde o começo da década, mais de 60 milhões delas, entre manuais e informatizadas, foram emitidas, o equivalente a uma média de 530 mil documentos ao mês, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Na versão informatizada, lançada em maio de 2008, já foram confeccionadas mais de 4,6 milhões de carteiras.

A CTPS emitida por meio informatizado valoriza a segurança contra fraudes. O documento possui capa azul em material sintético mais resistente de que o usado no modelo anterior; é confeccionado em papel de segurança e traz plástico auto-adesivo inviolável que protege as informações relacionadas à identificação profissional e à qualificação civil do indivíduo, que costumam ser as mais falsificadas. As versões anteriores da carteira de trabalho, ainda manuais, continuam valendo em todo o Brasil.
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