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1. Nunca andar descalço. O uso dos sapatos, botinas sem elásticos, botas ou perneiras deve ser obrigatório. Dependendo da altura do calçado, os acidentes podem ser evitados na ordem de 50 até 72%.
2. Olhar sempre com atenção o local de trabalho e os caminhos a percorrer.
3. Usar luvas de couro nas atividades rurais e de jardinagem. Nunca colocar as mãos
em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, espaços situados
entre montes de lenha ou pedras.
4. Não colocar as mãos em tocas para capturar tatus ou outros animais (além de ser
proibido por lei ambiental); esta é a melhor maneira de ser picado por cascavéis
que se abrigam nesses locais.

Esse tipo de cuidado pode evitar até 20% dos acidentes que acontecem nas mãos e no antebraço.
6. Vedar frestas e buracos em paredes e assoalhos.
7. Ao entrar nas matas de ramagens baixas, ou em pomar com muitas árvores, parar
no limite de transição de luminosidade e esperar sempre a vista se adaptar aos
lugares menos iluminados. A adaptação da visão ao local menos claro ou à
penumbra em dia de luminosidade intensa é mais lenta e a falta de cuidado nesse
instante pode provocar acidentes ofídicos nos braços, nos ombros, na cabeça e
rosto, da ordem de 5 a 6%.
8. Se por qualquer razão tiver que abaixar-se, além de olhar bem o local, procurar
bater a vegetação ou as folhas, principalmente no trabalho de limpeza de covas de
café. A coloração da cascavel se confunde muito com a das ramagens e folhas
secas dessas plantações e há casos de acidente ofídico devido a esse tipo de
camuflagem, porque a pessoa não enxerga a serpente.
10. Evitar trepadeiras muito encostadas à casa, folhagens entrando pelo telhado ou
mesmo pelo forro.
11. Procurar controlar o número de roedores existentes na área de sua propriedade.
Não se esquecer de que ao lado dos outros problemas de saúde pública, a
diminuição do número de roedores irá comprometer o ciclo biológico das
serpentes venenosas que deles se alimentam diminuindo com isso a fauna ofídica
da região.
12. Não montar acampamento junto a plantações, pastos ou matos denominados
“sujos”, regiões onde há normalmente roedores e maior número de serpentes.
13. Não fazer piquenique às margens dos rios ou lagoas, procurando manter distância
segura destes e não encostar em barrancos durante a pescaria.
15. O manuseio de serpentes vivas deve ser feito com laço de Lutz (cambão) ou com ganchos apropriados, por pessoas treinadas e com aptidão para o ofício. Não tocar nas serpentes, mesmo mortas, pois por descuido ou inabilidade há o risco de ferimento por esbarro nas presas venenosas.
Nos Institutos de pesquisa dedicados ao trabalho com serpentes venenosas
vivas, os acidentes ocorrem em laboratórios ou em serpentários com técnicos
especializados com extração de veneno na ordem de 1:10.000 extrações. Este
risco é inerente ao trabalho e pode ser evitado pelo uso de gás carbônico, que tem
a dupla finalidade de provocar a anoxia da serpente e deixá-la inerte alguns
segundos, tempo suficiente para extrair o veneno e não traumatizá-la com
contenção mais violenta.
16. Não assustar as pessoas com serpentes, aranhas ou escorpiões, mesmo que sejam
de brinquedo; o medo inato pode trazer conseqüências imprevisíveis.
17. No período noturno, nos sítios ou nas fazendas, chácaras ou acampamentos, deve
ser evitada a vegetação muito próxima ao chão, gramados ou até mesmo jardins.
especialmente ao da urutu – Bothrops alternatus.
19. Animais domésticos como galinhas e gansos, em geral, afastam as serpentes das
áreas mais próximas as habitações.
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