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“A coleta seletiva garante para os catadores uma renda significativa muita rápida, que talvez ele não conseguisse em outro segmento porque não tem a capacitação que ele demandaria. Para se ter uma ideia, em São Paulo a renda de um catador pode chegar a R$ 2.000″, disse o dirigente.
Ele afirmou também que o investimento em galpões de triagem ou em cooperativas está em torno de R$ 2.500 por posto de trabalho gerado.”Você monta uma cooperativa com R$ 50 mil de investimento. É uma oportunidade fácil de gerar emprego e renda”, explica Bicca.
Os dados do Cempre mostram que o ganho médio do catador está em torno de 1,5 salários mínimos nas regiões Sudeste e Sul e em 1 salário mínimo nas demais regiões. A associação ainda registra que a reciclagem no Brasil gira em torno de 13%, tendo alguns tipos de materiais com os índices de reciclagem entre os mais elevados do mundo, tais como latinhas de alumínio, papelão e plástico tipo PET.
“O Brasil ainda recicla muito pouco. Só cerca de 10% dos municípios brasileiros fazem coleta seletiva domiciliar. Um estudo do IPEA divulgado recentemente mostrou que o país tem a oportunidade de reciclar R$ 8 bilhões e só reciclamos R$ 3 bilhões, menos de um terço da capacidade. Aumentamos a quantidade de resíduos, em função da economia estar aquecida e as pessoas comprando mais, mas você tem que trabalhar a coleta seletiva”, ressalta o presidente do Cempre.Bicca ainda ressalta que o Governo está criando mecanismos que incentivam a abertura de cooperativas. De acordo com o Cempre, em aproximadamente 43% dos programas analisados em cidades brasileiras estão estabelecidas parcerias entre prefeituras e cooperativas de catadores.
“A Política Nacional de Resíduos Sólidos, que está no Senado para aprovação, também prevê a utilização dos catadores na coleta seletiva. Será uma grande oportunidade de gerar emprego e renda e capturar o potencial da reciclagem que hoje não é capturado”.
Fonte: BlogdoTrabalho
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