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São Paulo
- Os bombeiros passaram a quarta-feira inteira, 25, combatendo o fogo
dentro de favelas e matas. São mais de cem famílias sem casa. Os focos
de incêndio surgem o dia inteiro, por todos os lados. Já era noite e os
focos de incêndio continuavam a surgir na capital paulista. Um deles à
beira da Marginal Tietê, próximo às rodovias Anhanguera e Bandeirantes,
atrapalhou a visibilidade dos motoristas e ameaçou casas da região.
O fogo também apareceu na Marginal Pinheiros, que teve uma das pistas interditadas em pleno horário de pico do trânsito. Durante todo o dia foram mais de 60 registros de incêndio em vegetação. "São as pessoas que estão fumando seu cigarro e jogam a bituca para fora do automóvel, próximo das rodovias, das estradas. Para fazer a limpeza do terreno acaba ateando fogo. Esse fogo se propaga. Normalmente está relacionado a fatores humanos", explica o comandante dos bombeiros Marcos Antonio Garcia.
Um pouco mais cedo, o desespero tomou conta de moradores de duas favelas, localizadas a pouco menos de dois quilômetros uma da outra, na região sul da cidade. "Só vi o fogo se alastrando e mais nada. Peguei minha filha e saí correndo", conta uma moradora.
O fogo também apareceu na Marginal Pinheiros, que teve uma das pistas interditadas em pleno horário de pico do trânsito. Durante todo o dia foram mais de 60 registros de incêndio em vegetação. "São as pessoas que estão fumando seu cigarro e jogam a bituca para fora do automóvel, próximo das rodovias, das estradas. Para fazer a limpeza do terreno acaba ateando fogo. Esse fogo se propaga. Normalmente está relacionado a fatores humanos", explica o comandante dos bombeiros Marcos Antonio Garcia.
Um pouco mais cedo, o desespero tomou conta de moradores de duas favelas, localizadas a pouco menos de dois quilômetros uma da outra, na região sul da cidade. "Só vi o fogo se alastrando e mais nada. Peguei minha filha e saí correndo", conta uma moradora.
O pedreiro João Henrique da Silva chora entre os
vizinhos. A casa dele estava no centro do foco do incêndio. "Eu estava
trabalhando na casa do meu amigo que está construindo, quando veio um
menino chegou e falou que estava pegando fogo. Fui lá e não estava
passando mais. Documento, roupa, acabou tudo", lamenta o pedreiro
Francisco Márcio Pereira Lima.
Localizadas na mesma avenida, as duas comunidades só não enfrentaram um drama maior porque foram ágeis. Graças à comunicação entre os moradores, os incêndios não provocaram nenhuma morte. "Eu comecei a avisar a comunidade. O povo já desesperou e o fogo tomou conta de tudo. Não teve como apagar, na hora que o bombeiro chegou saímos", lembra um morador.
Nelci descansava quando ouviu os gritos. Em pouco tempo, ela viu as labaredas se aproximarem da casa onde mora. Enquanto orava para que o fogo se afastasse, a cozinheira observava a água jogada pelo bombeiro correr pela janela. Perto de onde o fogo começou, a fumaça era muito forte. Ao lado, vizinhos auxiliavam no combate ao incêndio.
Nas duas favelas, cerca de 250 pessoas ficaram sem ter onde morar. No incêndio da manhã, o estrago foi maior: 70 barracos foram destruídos. No da tarde, 30 barracos foram atingidos. As causas dos dois incêndios ainda são desconhecidas. Mas autoridades apontam alguns fatores que podem ter contribuído para a destruição.
"Muitas comunidades, muitos barracos de madeira, muitas ligações clandestinas de energia e tudo isso vem a complicar esse tipo de evento", destaca o subprefeito de Santo Amaro Ailton Araújo Brandão. "Como nós temos outras comunidades ao longo da avenida, nos traz mais preocupação. Vamos agora adotar medidas como o policiamento ostensivo para contato com a comunidade e tentar prevenir outras causas, outros incêndios", avisa o policial militar Edvaldo Amaral.
Localizadas na mesma avenida, as duas comunidades só não enfrentaram um drama maior porque foram ágeis. Graças à comunicação entre os moradores, os incêndios não provocaram nenhuma morte. "Eu comecei a avisar a comunidade. O povo já desesperou e o fogo tomou conta de tudo. Não teve como apagar, na hora que o bombeiro chegou saímos", lembra um morador.
Nelci descansava quando ouviu os gritos. Em pouco tempo, ela viu as labaredas se aproximarem da casa onde mora. Enquanto orava para que o fogo se afastasse, a cozinheira observava a água jogada pelo bombeiro correr pela janela. Perto de onde o fogo começou, a fumaça era muito forte. Ao lado, vizinhos auxiliavam no combate ao incêndio.
Nas duas favelas, cerca de 250 pessoas ficaram sem ter onde morar. No incêndio da manhã, o estrago foi maior: 70 barracos foram destruídos. No da tarde, 30 barracos foram atingidos. As causas dos dois incêndios ainda são desconhecidas. Mas autoridades apontam alguns fatores que podem ter contribuído para a destruição.
"Muitas comunidades, muitos barracos de madeira, muitas ligações clandestinas de energia e tudo isso vem a complicar esse tipo de evento", destaca o subprefeito de Santo Amaro Ailton Araújo Brandão. "Como nós temos outras comunidades ao longo da avenida, nos traz mais preocupação. Vamos agora adotar medidas como o policiamento ostensivo para contato com a comunidade e tentar prevenir outras causas, outros incêndios", avisa o policial militar Edvaldo Amaral.
Fonte: Revista Emergência / G1 - Data: 26/08/2010
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