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Lixo Clandestino em terrenos baldios |
Só em São Paulo, há quase três mil terrenos contaminados com produtos químicos. Esses são os terrenos monitorados.
Existem, ainda, aqueles em que o lixo é jogado sem qualquer tipo de fiscalização. Um enorme perigo, que faz vítimas pelo país.
Existem, ainda, aqueles em que o lixo é jogado sem qualquer tipo de fiscalização. Um enorme perigo, que faz vítimas pelo país.
A brincadeira de criança mudou a vida da família. “Em casa quase direto a gente leva para o hospital. Duas crianças não comem direito, estão perdendo peso. Leva para o hospital, toma remédio para febre e volta", conta a dona de casa Solange Antunes de Andrade.
Foram os filhos de Solange que encontraram as embalagens tóxicas em um terreno, em Rosana, no interior paulista. Acharam graça nas bolinhas de metal, levaram para casa para brincar e depois para a escola. Mais de 50 pessoas foram contaminadas.
“Espero que seja feita justiça. Até agora não falaram nada, não se sabe de onde vem, o que vai acontecer”, reclama o pai das crianças Douglas Monteiro Padilha.
Na mesma época, em um segundo terreno da cidade, mais mercúrio em uma área que pertencia à prefeitura. O produto estava misturado a lixo hospitalar. A companhia ambiental aplicou multa de R$ 82 mil.
“Tudo indica que seja de clínica odontológica devido ao material que constava na sacola de lixo, que eram restos de medicamentos, materiais usados em consultório de dentista”, aponta o secretário municipal de Saúde David Rodrigues.
Terrenos baldios, abandonados, repletos de lixo, não existem só no interior. Em um bairro nobre da Zona Sul de São Paulo, não é difícil entrar em uma área pública. É só passar por blocos de concreto. No local é jogado todo tipo de lixo: restos de construção, jardinagem e também lixo doméstico. O lixo fica bem embaixo de uma placa da prefeitura que diz “proibido jogar lixo e entulho. Multa para crime ambiental R$ 500”.
Bem mais grave é a situação flagrada em Vitória da Conquista, na Bahia. Sacolas carregadas com dezenas de seringas usadas, agulhas, e material de laboratório à margem de uma rodovia.
O engenheiro ambiental diz que a lei é dura, mas depende de fiscalização para dar certo: “Quando não se tem fiscalização fica fácil para alguém que queira cometer delito ambiental, trazer substância, resíduo tóxico, alguma coisa, e lançar no terreno. Como são áreas abertas, podem ser visitadas por crianças e está feito o quadro do risco de contaminação”, destaca o engenheiro ambiental Helio Narchi.
A tragédia com o césio 137 em Goiânia foi o maior acidente radioativo do mundo fora de uma usina nuclear. O material foi encontrado por dois catadores que reviravam os escombros de um antigo hospital em 1987. Contaminou mais de 600 pessoas e matou 60.
“Deixaram o material em um local que não deviam. Lá era uma casa que não tinha portas, janelas, nada que identificasse que material era perigoso”, diz o presidente da Associação das Vítimas do Césio 137 Odesson Alves Ferreira.
No local de onde os catadores retiraram a cápsula usada em exames radiológicos, hoje funciona o centro de convenções de Goiânia. Na Rua 57, onde a cápsula foi aberta e onde aconteceu a contaminação, nada, nenhuma marca nenhuma placa. Ali deveria ter sido erguido um memorial às vítimas. Mas a obra nunca saiu do papel.
O Ministério Público diz que o césio contaminou 628 pessoas. Mas a associação das vítimas do acidente diz que o número real é dez vezes maior.
Foram os filhos de Solange que encontraram as embalagens tóxicas em um terreno, em Rosana, no interior paulista. Acharam graça nas bolinhas de metal, levaram para casa para brincar e depois para a escola. Mais de 50 pessoas foram contaminadas.
“Espero que seja feita justiça. Até agora não falaram nada, não se sabe de onde vem, o que vai acontecer”, reclama o pai das crianças Douglas Monteiro Padilha.
Na mesma época, em um segundo terreno da cidade, mais mercúrio em uma área que pertencia à prefeitura. O produto estava misturado a lixo hospitalar. A companhia ambiental aplicou multa de R$ 82 mil.
“Tudo indica que seja de clínica odontológica devido ao material que constava na sacola de lixo, que eram restos de medicamentos, materiais usados em consultório de dentista”, aponta o secretário municipal de Saúde David Rodrigues.
Terrenos baldios, abandonados, repletos de lixo, não existem só no interior. Em um bairro nobre da Zona Sul de São Paulo, não é difícil entrar em uma área pública. É só passar por blocos de concreto. No local é jogado todo tipo de lixo: restos de construção, jardinagem e também lixo doméstico. O lixo fica bem embaixo de uma placa da prefeitura que diz “proibido jogar lixo e entulho. Multa para crime ambiental R$ 500”.
Bem mais grave é a situação flagrada em Vitória da Conquista, na Bahia. Sacolas carregadas com dezenas de seringas usadas, agulhas, e material de laboratório à margem de uma rodovia.
O engenheiro ambiental diz que a lei é dura, mas depende de fiscalização para dar certo: “Quando não se tem fiscalização fica fácil para alguém que queira cometer delito ambiental, trazer substância, resíduo tóxico, alguma coisa, e lançar no terreno. Como são áreas abertas, podem ser visitadas por crianças e está feito o quadro do risco de contaminação”, destaca o engenheiro ambiental Helio Narchi.
A tragédia com o césio 137 em Goiânia foi o maior acidente radioativo do mundo fora de uma usina nuclear. O material foi encontrado por dois catadores que reviravam os escombros de um antigo hospital em 1987. Contaminou mais de 600 pessoas e matou 60.
“Deixaram o material em um local que não deviam. Lá era uma casa que não tinha portas, janelas, nada que identificasse que material era perigoso”, diz o presidente da Associação das Vítimas do Césio 137 Odesson Alves Ferreira.
No local de onde os catadores retiraram a cápsula usada em exames radiológicos, hoje funciona o centro de convenções de Goiânia. Na Rua 57, onde a cápsula foi aberta e onde aconteceu a contaminação, nada, nenhuma marca nenhuma placa. Ali deveria ter sido erguido um memorial às vítimas. Mas a obra nunca saiu do papel.
O Ministério Público diz que o césio contaminou 628 pessoas. Mas a associação das vítimas do acidente diz que o número real é dez vezes maior.
Fonte: G1
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