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O trabalhador que lida com o mercúrio metálico é o mais exposto aos vapores invisíveis despreendidos pelo produto. Eles são aspirados sem que a pessoa perceba e entra no organismo através do sangue, instalando-se nos órgãos.
Nome: Mercúrio
Símbolo: Hg
Nome Latino:hydrargirium
Cor: prateado
Número Atômico: 80
Massa Atômica: 200,59
Densidade:13,6 g/ml
Temperatura de Fusão/Ebulição:
-38,87 ºC / +356,58ºC
Estado Físico Natural
líquido a temperatura ambiente
Uso Industrial:
termômetros, barômetros, lâmpadas, medicamentos, espelhos, detonadores, corantes, entre outros.
Produção mundial: 3 400 toneladas/ano
Doença causada por contaminação: Mercuralismo/Hidrargirismo
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Patologia decorrente da intoxicação por vapores de mercúrio constitui uma síndrome grave denominada por muito tempo como Eretismo. As alterações desenvolvidas em função do mercuralismo ocorrem por dois motivos, primeiro porque o mercúrio deposita-se no Sistema Nervoso Central provocando danos toxicológicos e segundo porque promove alterações imunológicas e auto-imunes
A relação entre ação tóxica e carga de mercúrio acumulado no corpo ainda não está bem descrita. Porém, através de análises verificou-se que o mercúrio metálico é capaz de inibir enzimas, altera membranas intracelulares e a síntese protéica, diminui o transporte dos aminoácidos e sua incorporação no tecido nervoso, facilita a presença de radicais livres antioxidantes e permite lesões em vasos. Contudo a que se considerar as diferenças de suscetibilidades individuais.
A intoxicação crônica (exposição ao mercúrio por baixas concentrações e longos períodos de tempo) apresenta vários sintomas que são ignorados e atribuídos a outras causa, destaca-se: a diminuição da produtividade; aumento da fadiga; irritabilidade nervosa; perda da memória e autoconfiança; fragilidade muscular; excitabilidade; timidez excessiva; ressentimentos impróprios às críticas; indecisão; ansiedade; cefaléia; alterações da personalidade e do caráter; perda da capacidade de concentração; dificuldades na pronúncia; leve gaguejo; caligrafia trêmula, irregular e ilegível; marcha instável; insensibilidade e dor nas extremidades; diminuição do campo visual; gengivite; estomatite e gosto metálico.
As manifestações oriundas da exposição prolongada aos vapores de mercúrio, mercuralismo inorgânico crônico ocupacional, vêm sendo descrita como “síndrome do eretismo”, tem por características: irritabilidade, ansiedade, alteração da sociabilidade, timidez, falta de interesse, baixa auto-estima, depressão, delírio, alucinações, cansaço, desânimo e perda da memória.
Um caso clássico de intoxicação por mercúrio ocorreu em 1953 na cidade de Minamata, no Japão, quando 79 pessoas morreram em conseqüência da intoxicação por mercúrio. Minamata é uma região de pesca e a maioria dos doentes vivia dessa atividade, consumindo peixes regularmente. Com o passar do tempo começaram a sentir sintomas como perda de visão, descoordenação motora e muscular. Mais tarde descobriu-se que as deficiências eram causadas pela destruição dos tecidos do cérebro, em razão da contaminação por mercúrio. Até então não se sabia de que maneira a contaminação havia ocorrido.
Esse mistério só veio a ter solução três anos mais tarde, quando as autoridades japonesas descobriram que uma indústria local utilizava um composto de mercúrio, que ao atingir a baia de Minamata, incroporava-se a cadeia alimentar dos peixes. Os compostos orgânicos presentes na carne dos peixes, causava doenças às pessoas que a consumiam.
Sintomas da Intoxicações por Mercúrio
As intoxicações por mercúrio variam seus sinais e sintomas de acordo com o nível de intoxicação, aguda, subaguda e crônica. Intoxicação aguda
Tratamento do Mercuralismo
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