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Em Goiás, só este ano mais de 200 são resgatados de trabalho escravo

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Em Aragaraças (GO), trabalhadores dormiam em colchões no chãoDesde o começo do ano, o Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou 224 trabalhadores encontrados em situação análoga à escravidão em duas operações fiscais realizadas nos meses de fevereiro e março em Goiás.
A primeira resgatou 81 pessoas que trabalhavam em carvoarias na zona rural do município de Jussara, a 232 km de Goiânia. A segunda, concluída na semana passada, resgatou 143 trabalhadores que atuavam no setor sucroalcooleiro na cidade de Aragarças, a 412 km da capital.
Em Aragarças (GO), colchões no chão

Em Jussara 14 carvoarias foram inspecionadas. De acordo com o coordenador de fiscalização rural da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/GO), Roberto Mendes, os trabalhadores faziam desmatamento, retirada de lenha e produção de carvão em cinco fazendas. A maioria não tinha Carteiras de Trabalho assinadas e encontrava-se em condições precárias de trabalho e moradia.
Muitos barracos usados como alojamentos eram construídos de pau-a-pique e lona preta, sendo que alguns deles localizavam-se próximos a lamaçais; o piso era de chão batido e areia; as camas improvisadas com madeira roliça e pedaços de tocos; não havia colchões – apenas pedaços de espumas velhas e sujas; não havia roupas de cama, instalações sanitárias e nem água potável. A iluminação das moradias eram precárias, com uso o de lamparinas;  os fogões a lenha eram improvisados e construídos dentro dos barracos, com riscos de incêndio.
Em Aragarças, a contratante era uma espécie de condomínio de empregadores que, na verdade, aliciava de mão de obra para empresas do setor sucroalcooleiro, sem nenhuma organização documental e que pagava os trabalhadores com cheques sem-fundo.
Habitação improvisada em lamaçal
Habitação improvisada em lamaçal em Jussara (GO)

Segundo Mendes grande parte estava sem registro e cerca de 100 trabalhadores estavam com Carteiras de Trabalho retidas ilegalmente num escritório em Barra do Garças (MT). A maioria dos trabalhadores, ao chegar a Goiás, foi colocada em casas e barracos vazios, somente com colchões no chão, que não eram suficientes para todos. O aluguel e a alimentação ficavam por conta dos próprios trabalhadores.
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